11 de outubro de 2013

Resenha: Capitães da Areia

Nome: Capitães da Areia.
Escritor (a): Jorge Amado.
Editora: Galera Record.
Páginas: 256.

"Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública em Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira, com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas estrangeiros. A obra teve também adaptações para rádio, teatro e cinema. Documentado sobre a vida de meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de beleza, dramaticidade e lirismo" - Skoob


     
Eles são apenas crianças.

   No livro é contada a história de centenas de meninos que além de pobres eram órfãos, que foram deixados ou abandonaram a família. 
   Eles vivem em um trapiche na praia, sobrevivendo através dos furtos, todos na cidade já ouviram falar deles e os temem, são conhecidos como "Capitães da Areia", um bando de ladrõezinhos que tem como o líder o Pedro Bala.
    Na cidade apenas uma pessoa os têm como crianças que não tem culpa do que são hoje, em vez de ladrões que mereciam estar presos e serem temidos, é o bondoso padre José Pedro, que faz o que pode por eles, e é discriminado por isso.
    A história foca mais nos meninos: Pe dro Bala, que como foi citado antes é o líder; Professor, que é o único do grupo que sabe ler, e tem uma incrível talento para desenhos; Sem-Pernas, que tem as pernas, mas é manco de uma delas e temido por alguns do grupo; e em Gato, que é o mais elegante e galanteador.
     Nunca havia entrado uma garota no Capitães da Areia, até a chegada de Dora, uma linda menina, e a mais valente e corajosa que já foi vista na Bahia. Seus pais morreram de bexiga, deixando ela e o irmão sozinhos no mundo.
      Dora foi encontrada por um dos meninos do grupo, Professor, e levada ao trapiche, e mesmo com a resistência de alguns, foi acolhida. Então, a partir dai, a história de todos ali presentes naquele pobre trapiche, estava prestes a mudar.


[…] Pela madrugada os Capitães da Areia vieram. O Sem-Pernas botou o motor para trabalhar. E eles esqueceram que não eram iguais às demais crianças, esqueceram que não tinham lar, nem pai, nem mãe, que viviam de furto como homens, que eram temidos na cidade como ladrões. Esqueceram as palavras da velha de lorgnon. Esqueceram tudo e foram iguais a todos as crianças, cavalgando os ginetes de carrosel, girando com as luzes. As estrelas brilhavam, brilhava a lua cheia. Mas, mais que tudo, brilhavam na noite da Bahia as luzes azuis, verdes, amarelas, roxas, vermelhas do Grande Carrosel Japonês.
— Capitães da Areia - Jorge Amado

    Esse é apenas mais um dos muitos romances de Jorge Amado, foi traduzido em várias línguas e publicado em vários países, a edição que li, foi publicada pela editora Galera Record. Apesar de ter lido porque fui "obrigada" pelo meu colégio, gostei muito dele, tem uma história linda demais, vale a pena ler, e a frase acima é a minha preferida do livro.





Um comentário:

  1. Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
    reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
    Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
    decerto que virei aqui mais vezes.
    Sou António Batalha.
    Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
    PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
    siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.

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